tanta memória... wasted and secret words... time after time... J'aime les nuages... les nuages qui passent... là-bas... Tu le connais, lecteur, ce monstre délicat...J'ai longtemps habité sous de vastes portiques ... Que les soleils marins teignaient de mille feux...La musique souvent me prend comme une mer !
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Images of books on shelves are seen projected on the walls of the Tower of David in Jerusalem's Old City - part of a show called "Or Shalem, Jerusalem Lights the Night", staged by a group called Skertzò on October 7, 2008. The Tower of David is a massive citadel that, over the centuries, has served as a fortress, military barracks and cannon position. These days, the Tower serves as a popular tourist site.
Images of books on shelves are seen projected on the walls of the Tower of David in Jerusalem's Old City - part of a show called "Or Shalem, Jerusalem Lights the Night", staged by a group called Skertzò on October 7, 2008. The Tower of David is a massive citadel that, over the centuries, has served as a fortress, military barracks and cannon position. These days, the Tower serves as a popular tourist site.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Fresco do século XVI encontrado em capela
Aguiar da Beira, Guarda, 19 Jan (Lusa) - Um painel de frescos com a coroação da Virgem Maria foi encontrado no interior da capela de S. Marcos, na freguesia de Fonte Arcadinha, Aguiar da Beira, disse hoje à Lusa fonte da Diocese de Viseu.
Segundo Fátima Eusébio, historiadora do Departamento de Cultura da Diocese de Viseu, a pintura foi descoberta pelos técnicos que procedem ao restauro do interior da capela, admitindo que possa datar "do século XVI".
"Só depois de limpa poderemos fazer a avaliação mais concreta", adiantou à Lusa, referindo que "é uma descoberta muito interessante pela sua raridade, porque nos séculos XV e XVI era frequente a colocação de pintura fresco para a valorização dos altares".
A historiadora contou que a partir do séc. XVII "esse recurso decorativo caiu em desuso e a maior parte dos frescos desapareceu. Na Diocese de Viseu foram todos retirados, alguns substituídos e só temos dois ou três exemplares desse período".
No caso do fresco encontrado na capela de S. Marcos, em Aguiar da Beira, distrito da Guarda, a historiadora disse tratar-se de "um conjunto interessante porque está praticamente completo no tema central: a coroação da Virgem".
"Está muito sujo mas o tema e as figuras representadas são perfeitamente perceptíveis", explicou, acrescentando que "até é surpreendente a forma como ele se conservou, porque trata-se de uma capela pequenina e a sua raridade dá-lhe um carácter único".
"Tem a Virgem ao centro e, num primeiro registo, é ladeada por dois anjos músicos. Num segundo registo, temos dois anjos voantes que têm a coroa que está posicionada sobre a cabeça da Virgem e, num terceiro registo, surgem representações arquitectónicas", descreveu.
Segundo a responsável, a pintura que terá cerca de 2,5 metros de altura por cerca de dois metros de largura, "é policromática, embora predomine o tom de castanho, mas tem outras cores, nomeadamente o azul, nas vestes da Virgem".
"É uma obra que vai valorizar e enriquecer extraordinariamente o património da Diocese de Viseu e poderá ser mais um interesse [de atracção turística] para Aguiar da Beira", defendeu.
Fátima Eusébio referiu que a pintura denota "uma produção mais provincial mas de uma extrema riqueza", daí que seja necessário "arranjar os recursos financeiros para a limpar e conservar".
A historiadora considerou que "a Diocese não tem recursos para intervir" mas espera que "haja boa vontade por parte da Câmara Municipal de Aguiar da Beira" a quem vai ser solicitado esse apoio.
"A Comissão da capela estará receptiva" à realização de obras de conservação, disse, defendendo que após o estudo e restauro do fresco, o retábulo em madeira deva ser colocado no sítio onde estava "mas deixando o distanciamento necessário para deixar ver aquela obra".
Os trabalhos de restauro da capela de S. Marcos foram iniciados, recentemente, pela empresa de Viana do Castelo - Atelier Samthiago, cujo gerente, Carlos Costa, disse hoje à Lusa que a pintura foi encontrada quando desmontaram o retábulo datado de meados do séc. XVIII, para reforço e consolidação da sua estrutura.
"O altar cobria por completo a pintura", contou, referindo que "não é muito comum encontrar este género de pintura no Norte e Centro. Aparece mais no Sul do país".
"Para a idade que tem encontra-se em bom estado. Acabou por estar 300 anos abrigada pelo altar", observou, referindo que "tem alguns desgastes e algumas bolhas de ar no estuque, mas não é nada que não se resolva facilmente".
Na freguesia de Fonte Arcadinha a descoberta foi recebida com "grande satisfação" pelos habitantes, como contou Manuel Santos, elemento da Fábrica da Igreja local.
"As pessoas nem sabem o valor que aquilo tem mas estão contentes em ver aquilo", disse.
Manuel Santos afirmou que "o povo está todo satisfeito" admitindo que a descoberta "é provável que dê progresso à nossa freguesia".
Manuel Santos adiantou que, na festa de S. Marcos, agendada para dia 25 de Abril, já "gostava de ver as obras concluídas para as pessoas verem a riqueza que ali temos".
ASR.
Lusa/Fim
Retrospectiva de Paula Rego visitada por 14 mil pessoas
A exposição retrospectiva da obra de Paula Rego, com obras desde os anos 50 até à actualidade, que encerrou domingo no Centro de Arte Manuel de Brito (CAMB), em Algés, foi visitada por 13.918 pessoas, informou hoje à Lusa fonte da entidade.
Paula Rego, 73 anos, uma das mais conceituadas e cotadas artistas plásticas portuguesas, esteve presente na inauguração da exposição, a 4 de Outubro de 2008, no Palácio dos Anjos, onde também foi inaugurada uma exposição paralela, também de artistas portugueses, intitulada Anos 80.O CAMB foi criado com base na Colecção Manuel de Brito depois da morte do galerista, que acompanhou desde o início a evolução da carreira de Paula Rego e que viria a criar um importante acervo de obras da artista, ainda hoje representada em Portugal pela Galeria 111.A retrospectiva sobre Paula Rego, com 74 obras que mostram uma grande diversidade de temáticas, suportes e técnicas, apresentou uma leitura da evolução do trabalho da pintora entre 1957 e a actualidade, nomeadamente com obras criadas em 2008.Entre os trabalhos contavam-se águas-fortes da famosa série O Aborto, de 1999, e a pintura A Marquesa sai às Compras, em grafite e lápis sobre papel, criada já em 2008.A última grande exposição sobre a obra de Paula Rego realizou-se na Fundação de Serralves, no Porto, em 2005, e foi visitada por mais de 140 mil pessoas.Por seu turno, a exposição Anos 80 reuniu obras de um conjunto de artistas com trabalho importante desenvolvido na década de oitenta, tais como António Dacosta, Nadir Afonso, Júlio Pomar, Graça Morais, Nikias Skapinakis e José de Guimarães, entre outros.
Lusa/SOL
Lusa/SOL
Edgar Allan Poe nasceu há 200 anos
Edgar Allan Poe nasceu há 200 anos. Hoje, o Rádio clube lembra a memória do poeta, romancista e crítico literário. Edgar Alan Poe é considerado um dos pais da literatura norte-americana e um impulsionadores da literatura científica.
As suas obras mais conhecidas são "A queda da casa de Usher", "Os crimes da Rue Morgue" ou "O gato preto", mas Edgar Allan Poe foi apenas reconhecido postumamente, com as traduções de escritores europeus como Baudelaire e Pessoa, que o tornaram numa das maiores referências românticas e simbolistas para todo o universo literário.
O tradutor, Fernando Amorim, adianta, ao Rádio Clube, que Edgar Allan Poe criou, através de contos, a fig Uma variada maratona de 24 horas no Edgar Allan Poe Museum, em Richmond, e em Portugal, a reedição do clássico 'Históricas Extraordinárias', assinalam o bicentenário do nascimento do autor de 'A Queda da Casa de Usher', 'O Poço e o Pêndulo' e 'Os Crimes da Rua Morgue'
As suas obras mais conhecidas são "A queda da casa de Usher", "Os crimes da Rue Morgue" ou "O gato preto", mas Edgar Allan Poe foi apenas reconhecido postumamente, com as traduções de escritores europeus como Baudelaire e Pessoa, que o tornaram numa das maiores referências românticas e simbolistas para todo o universo literário.
O tradutor, Fernando Amorim, adianta, ao Rádio Clube, que Edgar Allan Poe criou, através de contos, a fig Uma variada maratona de 24 horas no Edgar Allan Poe Museum, em Richmond, e em Portugal, a reedição do clássico 'Históricas Extraordinárias', assinalam o bicentenário do nascimento do autor de 'A Queda da Casa de Usher', 'O Poço e o Pêndulo' e 'Os Crimes da Rua Morgue'
Sobre Edgar Allan Poe, que nasceu faz hoje 200 anos em Boston, escreveu Fernando Pessoa que foi "das figuras literárias mais notáveis da América Inglesa", insuperável "na imaginação visionária do estranho", um precursor "da corrente chamada 'do maravilhoso' no movimento romântico", senhor de uma "personalidade complexa", em que se distinguia "a justaposição - mais do que a fusão - de uma imaginação vizinha da vesânia com um raciocínio frio e lúcido", e inigualável "na determinação alucinada de estados mórbidos". Poeta, crítico literário, editor, expoente do chamado Movimento Romântico Americano, influenciado por Byron e Coleridge, mas também por Hoffmann e pelos românticos alemães, Poe foi um dos primeiros autores americanos conhecidos a tentar viver apenas da escrita. E teve uma vida tão curta quanto desordenada, infeliz e marcada pelo alcoolismo, pelo jogo, pelas aflições financeiras e uma acentuada predisposição para a morbidez. Esta encontrou uma constante, cerrada e sombria expressão imaginativa em toda a sua obra, da poesia à prosa. "Os que sonham de dia sabem muitas coisas que escapam aos que sonham de noite", escreveu.Como notou Pessoa, na obra do autor de Histórias Extraordinárias (que a Leya aproveita para reeditar em Portugal) fundem-se "o delírio da imaginação e a clareza da fixação desse delírio". Além de ser um dos maiores representantes da literatura "gótica", macabra e de terror (A Queda da Casa de Usher, O Gato Preto, A Máscara da Morte Vermelha, Berenice, O Poço e o Pêndulo, O Barril de Amontillado, O Túmulo de Ligeia, entre outros clássicos, obras-primas do conto, forma que o escritor dominou como poucos), Poe foi também um dos pioneiros da ficção científica, graças a Mellonta Tauta, A Extraordinária Aventura de um tal Hans Pfall ou The Balloon-Hoax. É também o criador da moderna literatura policial, com os três contos protagonizados por C. Auguste Dupin, caso de Os Crimes da Rua Morgue. Disse Sir Arthur Conan Doyle: "Cada um dos seus contos de detectives é uma raiz de onde brotou uma literatura".Não esquecer ainda obras como Manuscrito Encontrado Numa Garrafa, A Descent into the Maelstrom ou a Narrativa de Arthur Gordom Pym, que Júlio Verne, outro grande admirador de Poe, glosaria em A Esfinge dos Gelos. Morto aos 40 anos, ainda hoje de circunstâncias por apurar, mas decerto ligadas ao seu alcoolismo, Edgar Allan Poe foi, em vida, mais reconhecido como crítico e poeta, teve em Baudelaire um dos seus tradutores e paladinos fora dos EUA, e influenciou nomes como Maupassant, Swinburne, Bierce ou Stevenson. O Edgar Allan Poe Museum, em Richmond (www.poemuseum.org) organiza hoje uma jornada de 24 horas para comemorar o bicentenário do nascimento do autor, com leitura de poemas, vigília à luz de velas e uma visita ao museu, que terá lugar já noite cerrada, bem no espírito da obra de Poe. ura do detective em histórias policiais.
Eugénio de Andrade
Se Eugénio de Andrade fosse vivo fazia, hoje, 86 anos. Para comemorar a data, como nos disse o presidente da fundação, Arnaldo Saraiva, que tem o nome do poeta, é, hoje, lançada uma nova edição do livro "À Sombra da Memória".
Este livro reúne textos de poesia, artes plásticas, lugares e várias pessoas que marcaram a vida de Eugénio de Andrade.
Este livro reúne textos de poesia, artes plásticas, lugares e várias pessoas que marcaram a vida de Eugénio de Andrade.
Morreu o músico João Aguardela
19.01.2009 - 11h19 PÚBLICO
Morreu ontem em Lisboa o músico João Aguardela, que faria 40 anos em Fevereiro. Vocalista, líder e fundador dos Sitiados, banda que conheceu o sucesso nos anos noventa, Aguardela foi também o mentor de projectos como Megafone, Linha da Frente (formado por vocalistas de várias bandas nacionais interpretando textos de poetas portugueses) e A Naifa, o seu mais recente projecto com Luís Varatojo, com três álbuns editados aclamados pela crítica e pelo público.Aguardela, vítima de cancro, será cremado amanhã, às 16h00, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa. Criador com capacidades fora do comum, inovador, Aguardela soube antecipar tendências e lançar projectos esteticamente inéditos, sempre numa abordagem marcada pela defesa da língua e da cultura portuguesas.
Morreu ontem em Lisboa o músico João Aguardela, que faria 40 anos em Fevereiro. Vocalista, líder e fundador dos Sitiados, banda que conheceu o sucesso nos anos noventa, Aguardela foi também o mentor de projectos como Megafone, Linha da Frente (formado por vocalistas de várias bandas nacionais interpretando textos de poetas portugueses) e A Naifa, o seu mais recente projecto com Luís Varatojo, com três álbuns editados aclamados pela crítica e pelo público.Aguardela, vítima de cancro, será cremado amanhã, às 16h00, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa. Criador com capacidades fora do comum, inovador, Aguardela soube antecipar tendências e lançar projectos esteticamente inéditos, sempre numa abordagem marcada pela defesa da língua e da cultura portuguesas.
Música para se sentar em Sta. Maria da Feira
Os regressos de Josh Rouse e Howie Gelb e a estreia da cantora espanhola Russian Red marcam o Festival para Gente Sentada, que Santa Maria da Feira acolhe nos dias 13 e 14 de Fevereiro, anunciou a organização.
Desde que aconteceu pela primeira vez, em 2004, este festival de Inverno pretende mostrar, sempre no Cine-Teatro António Lamoso, projectos da área do folk e do pop/rock alternativo.
Por lá, passaram já nomes como Sufjan Stevens, Devendra Banhart, Patrick Wolf, Sondre Lerche e Rosie Thomas.
No próximo dia 13, actuam os norte-americanos Giant Sand, banda liderada por Howie Gelb, que lançou, em Novembro passado, o álbum "proVISIONS", gravado na Dinamarca, com a participação de Isobell Campbell (que integrou os Belle & Sebastian) e Neko Case, entre outros.
No mesmo dia, sobe ao palco o músico norte-americano Chris Eckman, fundador e compositor dos Walkabouts (com quem já actuou em Portugal), que apresenta, a solo, o álbum "Last side of the mountain", gravado em Lubliana, onde vive actualmente.
Em estreia em Portugal, Chuck Prophet mostrará, também a 13 de Fevereiro, a sua própria visão do folk/rock americano, digerido em oito álbuns a solo, o mais recente dos quais "Sopa and water", depois de ter integrado os Green on Red.
No dia 14 de Fevereiro, somam-se as actuações de Josh Rouse, norte-americano baseado em Espanha, já bastante conhecido do público português, e da cantora espanhola Lourdes Hernandez, baptizada na música como Russian Red e que encontra inspiração em Feist, Wilco ou Conor Oberst, atmbém líder dos Bright Eyes.
O único artista português do cartaz deste ano é Manel Cruz, que, no ano passado, se lançou no projecto a solo Foge Foge Bandido, depois de ter deixado assinatura nos Ornatos Violeta, Pluto e Supernada, e que actua no segundo dia do Festival para Gente Sentada.
Os bilhetes já estão à venda e, para os dois dias, custam 27 euros, enquanto para um único dia custam 18.
As entradas podem ser adquiridas na ticketline, nas lojas Fnac e no Posto de Turismo de Santa Maria da Feira.
Desde que aconteceu pela primeira vez, em 2004, este festival de Inverno pretende mostrar, sempre no Cine-Teatro António Lamoso, projectos da área do folk e do pop/rock alternativo.
Por lá, passaram já nomes como Sufjan Stevens, Devendra Banhart, Patrick Wolf, Sondre Lerche e Rosie Thomas.
No próximo dia 13, actuam os norte-americanos Giant Sand, banda liderada por Howie Gelb, que lançou, em Novembro passado, o álbum "proVISIONS", gravado na Dinamarca, com a participação de Isobell Campbell (que integrou os Belle & Sebastian) e Neko Case, entre outros.
No mesmo dia, sobe ao palco o músico norte-americano Chris Eckman, fundador e compositor dos Walkabouts (com quem já actuou em Portugal), que apresenta, a solo, o álbum "Last side of the mountain", gravado em Lubliana, onde vive actualmente.
Em estreia em Portugal, Chuck Prophet mostrará, também a 13 de Fevereiro, a sua própria visão do folk/rock americano, digerido em oito álbuns a solo, o mais recente dos quais "Sopa and water", depois de ter integrado os Green on Red.
No dia 14 de Fevereiro, somam-se as actuações de Josh Rouse, norte-americano baseado em Espanha, já bastante conhecido do público português, e da cantora espanhola Lourdes Hernandez, baptizada na música como Russian Red e que encontra inspiração em Feist, Wilco ou Conor Oberst, atmbém líder dos Bright Eyes.
O único artista português do cartaz deste ano é Manel Cruz, que, no ano passado, se lançou no projecto a solo Foge Foge Bandido, depois de ter deixado assinatura nos Ornatos Violeta, Pluto e Supernada, e que actua no segundo dia do Festival para Gente Sentada.
Os bilhetes já estão à venda e, para os dois dias, custam 27 euros, enquanto para um único dia custam 18.
As entradas podem ser adquiridas na ticketline, nas lojas Fnac e no Posto de Turismo de Santa Maria da Feira.
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domingo, 18 de janeiro de 2009
Filólogo Perfecto Cuadrado receberá II Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura
18 de Janeiro de 2009, 18:18
Zamora, Espanha, 18 Jan (Lusa) - O professor catedrático de Filologia Portuguesa e Galega e doutor em Filologia Hispânica Perfecto Cuadrado Fernández receberá quarta-feira em Zamora o II Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura, atribuído pelos Ministérios da Cultura português e espanhol.
Perfecto Cuadrado será galardoado numa cerimónia que se realiza na Fundação Hispano-Portuguesa Rei Afonso Henriques e que incluirá um recital de fados a cargo de Camané, indicaram hoje fontes ministeriais citadas pela agência Efe.
A entrega do prémio decorre na véspera do início, em Zamora, da XXIV Cimeira Hispano-Portuguesa.
O professor e escritor, de 59 anos e natural de Santovenia del Esla, trabalha actualmente na Universidade das Ilhas Baleares, em Palma de Mallorca.
Este ano na sua segunda edição, o galardão, no valor de 75 mil euros, foi-lhe atribuído pelo seu contributo para reforçar os laços culturais entre Espanha e Portugal.
Perfecto Cuadrado é especialista em Surrealismo e Modernismo português, em Literatura Portuguesa dos séculos XVIII, XIX e XX e em estudos relacionados com o poeta Fernando Pessoa.
Organizou e prefaciou uma antologia da poesia surrealista portuguesa, intitulada "A Única Real Tradição Viva", publicada pela editora Assírio & Alvim em 1998.
O júri do prémio, anunciado em Lisboa a 02 de Dezembro, foi presidido por Clara Janés Nadal e integrado pelos portugueses Clara Ferreira Alves, Manuel Graça Dias e José Adriano Carvalho e pelos espanhóis Carlos Hernández Pezzi e Ángeles González Sinde.
O júri valorizou o facto de "o seu trabalho ter contribuído ao longo de décadas para a aproximação entre Espanha e Portugal nas áreas da Literatura e das Artes".
Foi também cônsul honorário de Portugal em Palma de Mallorca e membro fundador da Asociación de Lusitanistas del Estado Español.
O Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura - outorgado ao tradutor José Bento, na primeira edição - tem como objectivo distinguir uma pessoa ou entidade que, "através da sua acção na área das artes e da cultura, tenha contribuído significativamente para o reforço dos laços entre os dois Estados e para um maior conhecimento recíproco da criação do pensamento", segundo o regulamento.
ANC.
Lusa/fim
Zamora, Espanha, 18 Jan (Lusa) - O professor catedrático de Filologia Portuguesa e Galega e doutor em Filologia Hispânica Perfecto Cuadrado Fernández receberá quarta-feira em Zamora o II Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura, atribuído pelos Ministérios da Cultura português e espanhol.
Perfecto Cuadrado será galardoado numa cerimónia que se realiza na Fundação Hispano-Portuguesa Rei Afonso Henriques e que incluirá um recital de fados a cargo de Camané, indicaram hoje fontes ministeriais citadas pela agência Efe.
A entrega do prémio decorre na véspera do início, em Zamora, da XXIV Cimeira Hispano-Portuguesa.
O professor e escritor, de 59 anos e natural de Santovenia del Esla, trabalha actualmente na Universidade das Ilhas Baleares, em Palma de Mallorca.
Este ano na sua segunda edição, o galardão, no valor de 75 mil euros, foi-lhe atribuído pelo seu contributo para reforçar os laços culturais entre Espanha e Portugal.
Perfecto Cuadrado é especialista em Surrealismo e Modernismo português, em Literatura Portuguesa dos séculos XVIII, XIX e XX e em estudos relacionados com o poeta Fernando Pessoa.
Organizou e prefaciou uma antologia da poesia surrealista portuguesa, intitulada "A Única Real Tradição Viva", publicada pela editora Assírio & Alvim em 1998.
O júri do prémio, anunciado em Lisboa a 02 de Dezembro, foi presidido por Clara Janés Nadal e integrado pelos portugueses Clara Ferreira Alves, Manuel Graça Dias e José Adriano Carvalho e pelos espanhóis Carlos Hernández Pezzi e Ángeles González Sinde.
O júri valorizou o facto de "o seu trabalho ter contribuído ao longo de décadas para a aproximação entre Espanha e Portugal nas áreas da Literatura e das Artes".
Foi também cônsul honorário de Portugal em Palma de Mallorca e membro fundador da Asociación de Lusitanistas del Estado Español.
O Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura - outorgado ao tradutor José Bento, na primeira edição - tem como objectivo distinguir uma pessoa ou entidade que, "através da sua acção na área das artes e da cultura, tenha contribuído significativamente para o reforço dos laços entre os dois Estados e para um maior conhecimento recíproco da criação do pensamento", segundo o regulamento.
ANC.
Lusa/fim
A Little Catechism from the Demon
What is a demon? Study my life.What is a mountain? Set out now.What is fire? It is for ever.What is my life? A fall, a call.What is the deep? Set out now.What is thunder? Your power dry.What is the film? It rolls, it tells.What is the film? Under the Falls.Where is the theatre? Under the hill.Where is the demon? Walking the hills.Where is the victory? On the high tops.Where is the fire? Far in the deep.Where is the deep? Study the demon.Where is the mountain? Set out now.Study my life and set out now.(Edwin Morgan)
Figuras de Bordalo Pinheiro em risco de desaparecer
Cerâmica. Fábrica das Caldas em dificuldades
O possível encerramento da fábrica de cerâmica Bordalo Pinheiro, que atravessa dificuldades e regista salários em atraso, colocará um ponto final à produção das famosas figuras de barro feitas nas Caldas da Rainha, desde 1884.Ontem, uma centena de trabalhadores da fábrica Bordalo Pinheiro manifestou-se pelas ruas da cidade, numa marcha lenta de protesto pela viabilização dos seus postos de trabalho e da unidade industrial.Em declarações à Lusa, José Fernando Sousa, trabalhador e coordenador da União de Sindicatos do distrito de Leiria, explicou que pretendiam "sensibilizar os accionistas a encontrarem uma solução para os problemas, porque acreditamos na viabilização da empresa". A marcha dos trabalhadores culminou com uma concentração à porta da fábrica, onde decorria uma reunião de accionistas da empresa, com vista a encontrar uma saída para a crise, nomeadamente o mês e meio de salários em atraso.Entre estes 150 trabalhadores estão 13 ceramistas, que moldam à mão e pintam meticulosamente, há mais de 20 anos, as peças emblemáticas, desde o Zé Povinho, a velha alcoviteira, a ama das Caldas, o polícia civil, o padre, o sacristão, o saloio e a saloia, as andorinhas, as couves, azulejos, jarras, pratos e muitos animais de vários tamanhos."Os trabalhadores estão a recuperar e a salvaguardar um património que é nacional, sem um único apoio e, neste momento, sem um único tostão", lembrou Elsa Rebelo, técnica de cerâmica da Bordalo Pinheiro.Nos últimos anos foi feito um levantamento pelos trabalhadores do património (só na cave da fábrica estão mais de mil moldes de Rafael Bordalo Pinheiro e do filho Gustavo), inventariando e reproduzindo peças que em 100 anos nunca o haviam sido."Tudo isto demora muito tempo e sem pessoas especializadas como as que temos aqui não vai ser possível salvaguardar o património", alertou a ceramista, acrescentando que faltam ainda recuperar, procurar e investigar muitas peças pequenas.As notícias do eventual encerramento da fábrica levaram, entretanto, a uma corrida às peças que os ceramistas, mesmo sem receber ordenado, estão a esforçar-se por repor. Nas prateleiras da loja da fábrica não há um único Zé Povinho, sendo esperada a reposição do stock desta conhecida peça o mais breve possível. "Tínhamos geralmente duas pessoas na nossa loja, mas no sábado passado estivemos lá sete, por causa dos clientes. Foi uma loucura", lembrou José Ricardo, encarregado-geral da fábrica. LUSA
O possível encerramento da fábrica de cerâmica Bordalo Pinheiro, que atravessa dificuldades e regista salários em atraso, colocará um ponto final à produção das famosas figuras de barro feitas nas Caldas da Rainha, desde 1884.Ontem, uma centena de trabalhadores da fábrica Bordalo Pinheiro manifestou-se pelas ruas da cidade, numa marcha lenta de protesto pela viabilização dos seus postos de trabalho e da unidade industrial.Em declarações à Lusa, José Fernando Sousa, trabalhador e coordenador da União de Sindicatos do distrito de Leiria, explicou que pretendiam "sensibilizar os accionistas a encontrarem uma solução para os problemas, porque acreditamos na viabilização da empresa". A marcha dos trabalhadores culminou com uma concentração à porta da fábrica, onde decorria uma reunião de accionistas da empresa, com vista a encontrar uma saída para a crise, nomeadamente o mês e meio de salários em atraso.Entre estes 150 trabalhadores estão 13 ceramistas, que moldam à mão e pintam meticulosamente, há mais de 20 anos, as peças emblemáticas, desde o Zé Povinho, a velha alcoviteira, a ama das Caldas, o polícia civil, o padre, o sacristão, o saloio e a saloia, as andorinhas, as couves, azulejos, jarras, pratos e muitos animais de vários tamanhos."Os trabalhadores estão a recuperar e a salvaguardar um património que é nacional, sem um único apoio e, neste momento, sem um único tostão", lembrou Elsa Rebelo, técnica de cerâmica da Bordalo Pinheiro.Nos últimos anos foi feito um levantamento pelos trabalhadores do património (só na cave da fábrica estão mais de mil moldes de Rafael Bordalo Pinheiro e do filho Gustavo), inventariando e reproduzindo peças que em 100 anos nunca o haviam sido."Tudo isto demora muito tempo e sem pessoas especializadas como as que temos aqui não vai ser possível salvaguardar o património", alertou a ceramista, acrescentando que faltam ainda recuperar, procurar e investigar muitas peças pequenas.As notícias do eventual encerramento da fábrica levaram, entretanto, a uma corrida às peças que os ceramistas, mesmo sem receber ordenado, estão a esforçar-se por repor. Nas prateleiras da loja da fábrica não há um único Zé Povinho, sendo esperada a reposição do stock desta conhecida peça o mais breve possível. "Tínhamos geralmente duas pessoas na nossa loja, mas no sábado passado estivemos lá sete, por causa dos clientes. Foi uma loucura", lembrou José Ricardo, encarregado-geral da fábrica. LUSA
Instituto Camões assinala 80 anos da sua génese
O Instituto Camões assinala quinta-feira 80 anos da criação da Junta de Educação Nacional, instituição que esteve na sua origem, com uma cerimónia em que será apresentado um estudo sobre o valor económico do Português
O estudo foi encomendado em Setembro de 2007 pelo Instituto Camões (IC) ao Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa (ISCTE) e, em Novembro passado, José Paulo Esperança, da equipa de investigação, anunciou que a língua portuguesa representa 17 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) de Portugal.Na cerimónia, que terá início com uma intervenção da presidente do IC, Simonetta Luz Afonso, será apresentado um outro estudo, efectuado por uma equipa de investigadores do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa dirigida por Fernanda Rollo, intitulado ‘Da Junta de Educação Nacional ao Instituto Camões’.A Junta de Educação Nacional foi criada por decreto a 16 de Janeiro de 1929, no âmbito do Ministério da Instrução Pública, com as funções de «fundar, melhorar ou subsidiar instituições destinadas a trabalhos de investigação e propaganda científica, organizar e fiscalizar um serviço de bolsas de estudo, promover o intercâmbio cultural e a expansão da cultura portuguesa».Em 1936, a Junta foi transformada em Instituto para a Alta Cultura, que, em 1952, passou a Instituto de Alta Cultura, que viria a ser extinto depois do 25 de Abril, dando origem ao Instituto de Cultura Portuguesa em 1976.Em 1981, sucedeu-lhe o Instituto de Cultura e Língua Portuguesa que só em 1992 passou a ter a actual designação de Instituto Camões, um organismo que tem como missão a divulgação da cultura e da língua portuguesa no estrangeiro.Na cerimónia de quinta-feira, serão ainda assinados vários protocolos relativos à participação de diversas instituições no acervo bibliográfico sobre Língua e Cultura Portuguesa da Biblioteca Digital Camões.A cooperação abrange a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, a Porto Editora, o Instituto de Investigação Científica e Tropical e a associação Miso Music Portugal.Serão também assinados protocolos sobre a criação de novos cursos a distância do Centro Virtual Camões, incluindo um curso de divulgação da História da I República, a propósito dos 100 anos da implantação da República. Com a Universidade Aberta, serão assinados protocolos sobre o curso ‘Cultura Portuguesa Contemporânea’, dirigido a alunos de pós-graduação e coordenado por Isabel Carlos, que a partir de Abril será a nova directora do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, e sobre a utilização da rede do IC no mundo para a realização de exames presenciais de alunos da universidade.Na sede do IC, ficará patente durante alguns dias uma exposição sobre a história deste e das instituições que o antecederam, com documentação do arquivo do Instituto.A actual presidente do IC, Simonetta Luz Afonso, no cargo desde Maio de 2004, anunciou em finais de Agosto que passaria à reforma a partir de Setembro.Acabou, no entanto por ser reconduzida, mantendo-se em funções «até que haja uma nova direcção», disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, no Parlamento, em Novembro.
Lusa / SOL
Lusa / SOL
Morreu o pintor americano Andrew Wyeth
O pintor realista e regionalista norte-americano Andrew Wyeth morreu na sua casa, nos arredores de Filadélfia, na Pensilvânia, aos 91 anos, anunciou hoje uma porta-voz do Brandywine River Museum
Andrew Bewell Wyeth, nascido a 12 de Julho de 1917, é conhecido pelas suas cenas de atmosfera melancólica pintadas com uma precisão fotográfica, frequentemente em tons de cinzento e castanho.O seu quadro mais célebre é Christina’s World (1948). Wyeth é considerado um dos melhores pintores regionalistas norte-americanos, tendo sido um dos primeiros artistas contemporâneos com uma obra pendurada na Casa Branca, em 1970.As suas fontes de inspiração foram os lugares onde residiu, os estados da Pensilvânia e do Maine e os seus quadros encontram-se no Museum of Modern Art (MoMA) de Nova Iorque, no Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque (Met), no Brandywine River Museum (Chadds Ford, Pensilvânia) e no Portland Museum of Art (Portland, Maine).Recebeu o Prémio Einstein em 1967 e foi eleito para a Academia de Belas Artes de Paris em 1976.A mais alta distinção do Congresso norte-americano foi-lhe concedida em 1988, a Congressional Gold Medal.O Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, entregou-lhe a National Medal of Arts em 2007.
Lusa/SOL
Lusa/SOL
«Singularidades de uma rapariga loura» estreia-se no Festival de Berlim
O último filme de Manoel de Oliveira, Singularidades de uma rapariga loura, passará em estreia mundial na 59.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, anunciou hoje a organização do certame
O realizador português assistirá em Berlim à estreia do filme, no Cinema Paris, na Kurfuerstendamm, famosa avenida da parte ocidental da cidade, em dia ainda a programar, disse a porta-voz do festival, Frauke Greiner.
Singularidades de Uma Rapariga Loura foi seleccionado para para a secção Berlinale Special, onde passam extra-concurso novas obras de realizadores contemporâneos que se caracterizam por serem pouco convencionais.
Com a escolha para esta secção, a Berlinale, que decorre entre 05 e 15 de Fevereiro, pretende assim «fazer uma homenagem especial» aos realizadores em causa e dar-lhes a oportunidade de apresentar pessoalmente os seus filmes, lê-se num comunicado de imprensa divulgado hoje.
Além de Singularidades de Uma Rapariga Loura, produção luso-francesa baseada num conto de Eça de Queirós e protagonizado por Ricardo Trêpa, Catarina Wallenstein e Carlos Santos, serão exibidos mais 12 filmes na secção Berlinale Special, oito dos quais em estreia mundial.
A selecção inclui, nomeaamente, Adam Resurrected, de Paul Schrader, com Willem Dafoe, Bellamy, de Claude Chabrol, com Gérard Depardieu, Terra Madre de Ermanno Olmi, e Effi Briest, da alemã Hermine Huntgeburth, com Julia Jensch.
Foram também já anunciados esta semana 25 dos 26 filmes seleccionados para a principal secção da Berlinale, a Competição, oito dos quais serão exibidos extra-concurso.
A película que falta para completar esta secção será anunciada em conferência de imprensa em Berlim, a 27 de Janeiro.
Ao longo do 59.º Festival de Berlim, considerado um dos três maiores do mundo, a par dos seus congéneres de Cannes e de Veneza, serão exibidos cerca de 800 filmes nas várias secções, seleccionados entre quase seis mil obras visionadas pela equipa chefiada pelo director Dieter Kosslick.
Lusa/SOL
Singularidades de Uma Rapariga Loura foi seleccionado para para a secção Berlinale Special, onde passam extra-concurso novas obras de realizadores contemporâneos que se caracterizam por serem pouco convencionais.
Com a escolha para esta secção, a Berlinale, que decorre entre 05 e 15 de Fevereiro, pretende assim «fazer uma homenagem especial» aos realizadores em causa e dar-lhes a oportunidade de apresentar pessoalmente os seus filmes, lê-se num comunicado de imprensa divulgado hoje.
Além de Singularidades de Uma Rapariga Loura, produção luso-francesa baseada num conto de Eça de Queirós e protagonizado por Ricardo Trêpa, Catarina Wallenstein e Carlos Santos, serão exibidos mais 12 filmes na secção Berlinale Special, oito dos quais em estreia mundial.
A selecção inclui, nomeaamente, Adam Resurrected, de Paul Schrader, com Willem Dafoe, Bellamy, de Claude Chabrol, com Gérard Depardieu, Terra Madre de Ermanno Olmi, e Effi Briest, da alemã Hermine Huntgeburth, com Julia Jensch.
Foram também já anunciados esta semana 25 dos 26 filmes seleccionados para a principal secção da Berlinale, a Competição, oito dos quais serão exibidos extra-concurso.
A película que falta para completar esta secção será anunciada em conferência de imprensa em Berlim, a 27 de Janeiro.
Ao longo do 59.º Festival de Berlim, considerado um dos três maiores do mundo, a par dos seus congéneres de Cannes e de Veneza, serão exibidos cerca de 800 filmes nas várias secções, seleccionados entre quase seis mil obras visionadas pela equipa chefiada pelo director Dieter Kosslick.
Lusa/SOL
Maria João Vaz vence Prémio Alberto Sampaio 2008 com trabalho sobre crime em Lisboa
A investigadora Maria João Vaz venceu a edição de 2008 do Prémio de História Alberto Sampaio, com a obra A criminalidade em Lisboa entre meados do século XIX e o início do século XX
O prémio, instituído pela Sociedade Martins Sarmento (SMS) e pelas Câmaras Municipais de Guimarães e Vila Nova de Famalicão, destina-se a distinguir trabalhos de investigação que abordem temáticas relacionadas com a História económica e social de Portugal.
O júri, constituído pelos professores Norberto Cunha, da Universidade do Minho, José Amado Mendes, da Universidade de Coimbra, e José Manuel Tengarrinha, da Universidade de Lisboa, atribuiu o prémio por unanimidade.
Maria João Vaz desenvolve a sua investigação no campo da História Social Contemporânea, dedicando-se em particular às questões relacionadas com a história da justiça, da marginalidade e do controlo social.
É mestre em História Social contemporânea, com uma dissertação sobre o Crime e Sociedade em Portugal na Segunda Metade do Século XIX, e doutorada em História Moderna e Contemporânea, com a tese A Criminalidade em Lisboa entre meados do século XIX e o início do século XX, a obra agora galardoada com o Prémio de História Alberto Sampaio.
A obra premiada parte da noção de que o crime é uma construção social e um conceito historicamente determinado, apresentando um estudo sobre a criminalidade em Lisboa, num contexto social em mudança acelerada e num período em que este problema ganha importância crescente devido ao seu aumento permanente.
A evolução da criminalidade em Lisboa ao longo da segunda metade do século XIX e início do século XX, a tipologia dos delitos mais praticados, o perfil social dos criminosos, o funcionamento da justiça penal, a espacialidade e a temporalidade do crime são os temas abordados na obra.
O Prémio será entregue em sessão pública no sábado, no salão Nobre da SMS, em Guimarães, pelas 21:30.
A cerimónia incluirá um Concerto de Ano Novo, organizado em parceria com a Sociedade Musical de Guimarães, em que actuará o Quarteto de Clarinetes de Braga.
Lusa/SOL
História do Mosteiro de São Vicente de Fora traçada em livro inédito
A história do Mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa, é traçada num livro inédito escrito por José Felicidade Alves, que a Livros Horizonte lança no mercado esta semana
livro encontrava-se no espólio de inéditos do investigador, falecido em 1998, e é agora trazido a público com o apoio científico de Abílio Tavares Cardoso e João Salvado Ribeiro, pela editora que publicou outras obra suas, designadamente Mosteiro dos Jerónimos.
Na opinião de Felicidade Alves, historiador e olissipógrafo, o monumento «é um tesouro imenso» apesar de «muitos dos seus tesouros terem desaparecido».
Ex-pároco de Belém, Felicidade Alves propõe, neste livro de 100 páginas com fotografias, «visitar a alma e o corpo» do mosteiro lisboeta que guarda as relíquias de S. Vicente Mártir, trazidas do cabo que tem o seu nome por ordem de D. Afonso Henriques.
O Mosteiro foi alvo de uma profunda remodelação no século XVII por decisão de Filipe II de Espanha (I de Portugal) que «não deixou nada à vista do que os anteriores 450 anos tinham amontoado», segundo Felicidade Alves.
O livro divide-se em três partes - cronologia, descrição da igreja e mosteiro, e inscrições tumulares no mosteiro - e inclui a transcrição de documentos como a carta de Filipe II de 26 de Janeiro de 1582 e a bibliografia crítica sobre o monumento, onde actualmente funciona o Patriarcado lisboeta.
O espólio de Felicidade Alves foi entregue pela sua viúva, Elisete Alves, em Julho de 2005 à fundação Mário Soares.
O actual livro, segundo a Livros Horizonte, «figura na lista dos trabalhos que José Felicidade Alves deixou concluídos por publicar».
Felicidade Alves foi afastado da sua paróquia em 1968 pelo Cardeal Cerejeira, que lhe atribuiu uma suspensão a divinis por posições assumidas contra o regime de então e a guerra colonial.
Católicos e Política (1969), Pessoas Livres (1970) e Jesus de Nazaré (1994) são alguns dos títulos de natureza teológica que produziu, a par de livros sobre arte e história de Lisboa.
Lusa/SOL
Na opinião de Felicidade Alves, historiador e olissipógrafo, o monumento «é um tesouro imenso» apesar de «muitos dos seus tesouros terem desaparecido».
Ex-pároco de Belém, Felicidade Alves propõe, neste livro de 100 páginas com fotografias, «visitar a alma e o corpo» do mosteiro lisboeta que guarda as relíquias de S. Vicente Mártir, trazidas do cabo que tem o seu nome por ordem de D. Afonso Henriques.
O Mosteiro foi alvo de uma profunda remodelação no século XVII por decisão de Filipe II de Espanha (I de Portugal) que «não deixou nada à vista do que os anteriores 450 anos tinham amontoado», segundo Felicidade Alves.
O livro divide-se em três partes - cronologia, descrição da igreja e mosteiro, e inscrições tumulares no mosteiro - e inclui a transcrição de documentos como a carta de Filipe II de 26 de Janeiro de 1582 e a bibliografia crítica sobre o monumento, onde actualmente funciona o Patriarcado lisboeta.
O espólio de Felicidade Alves foi entregue pela sua viúva, Elisete Alves, em Julho de 2005 à fundação Mário Soares.
O actual livro, segundo a Livros Horizonte, «figura na lista dos trabalhos que José Felicidade Alves deixou concluídos por publicar».
Felicidade Alves foi afastado da sua paróquia em 1968 pelo Cardeal Cerejeira, que lhe atribuiu uma suspensão a divinis por posições assumidas contra o regime de então e a guerra colonial.
Católicos e Política (1969), Pessoas Livres (1970) e Jesus de Nazaré (1994) são alguns dos títulos de natureza teológica que produziu, a par de livros sobre arte e história de Lisboa.
Lusa/SOL
E se for possível viajar até às vidas passadas?
Terapia regressiva procura no passado - nesta ou em vidas anteriores- respostas para o presente
01h15m
HELENA NORTE
Regredir a uma vida passada pode ser curativo. Mesmo que a memória não seja real, mas, sim, uma projecção da imaginação. A terapia regressiva procura no passado respostas para problemas do presente.
Não se trata uma prática esotérica nem tem como pressuposto a crença numa crença espiritual. É uma técnica terapêutica que deve ser usada apenas por profissionais qualificados.
A hipótese é fascinante: Será que já tivemos várias vidas? Em caso afirmativo, será possível lembramo-nos do que fomos e vivemos? E que utilidade pode ter? Há mais de 20 anos, um respeitado psiquiatra americano, Brian Weiss, ousou afirmar a tese de que temos muitas vidas e que é possível aceder a essas memórias. Mais: é possível resolver graves problemas psicológicos regredindo no tempo até à sua origem, que tanto pode ser nesta como noutras vidas.
A controvérsia estava lançada fora dos círculos religiosos e esotéricos. Na comunidade científica, o assunto deixou de ser tabu e a terapia regressiva é usada, em todo o Mundo, por profissionais credíveis. Tal não significa, porém, que haja provas científicas da existência de vidas passadas. O que existe, garantem vários especialistas, é provas da eficácia terapêutica desta técnica.
"Há evidências que apontam no sentido de existirem vidas passadas, mas o terapeuta não tem de fazer qualquer classificação. O que é importante é buscar um sentido àquilo que o inconsciente do paciente foi buscar, porque, se o inconsciente seleccionou uma memória ou imagem e não outra, isso tem significado ", explica Mário Simões, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa e percursor da Terapia pela Restruturação Vivencial Cognitiva em Portugal.
"É difícil saber se são memórias verdadeiras ou projecções da imaginação. O nosso cérebro não há indicações, mesmo analisando electroencefalogramas, que permitam distinguir a realidade da fantasia. Em termos terapêuticos, essa distinção não é relevante", acrescenta Vítor Rodrigues, psicoterapeuta e presidente da Associação Transpessoal Europeia.
As sessões de terapia regressiva, com recurso a técnicas hipnóticas ou de relaxamento, permitem ao paciente entrar num estado alterado de consciência que facilita a recordação de memórias inconscientes. Não é obrigatório que sejam de vidas passadas. Podem ser da infância ou de qualquer momento da vida do paciente. O que se pretende é ir à origem do problema e relacionar o que surge com o presente. Dar esse sentido é perceber o "para quê?" dos acontecimentos da vida e atribuir um novo significado, sublinha Mário Simões.
Esta abordagem, segundo os dois especialistas, deve ser feita por profissionais com formação adequada e nunca por curiosos, curandeiros ou praticantes de ofícios esotéricos. "Hipnotizar é fácil. Tratar as memórias que surjam de forma a ajudar o paciente é que é mais difícil. Se o processo não for bem conduzido, pode ser perigoso", alerta o psiquiatra.
Aplicações terapeuticas
Fobias
Caracterizadas por serem um medo intenso, irracional e disfuncional, as fobias são pertubações tratáveis através de terapia regressiva. Busca-se a origem no passado e desprograma-se a fobia.
Ansiedades e depressões
Problemas de stress, tensão e depressão, principalmente quando a origem permanece desconhecida, podem melhorar através desta terapia.
Dores crónicas
Um estudo realizado pela equipa de Mário Simões demonstrou que 30% de pacientes com dores crónicas ficaram completamente bem e os outros 30% tiveram melhorias significativas com esta técnica. De uma maneira, geral, doenças psicossomáticas, em que a causa é psicológica, são passíveis desta abordagem.
01h15m
HELENA NORTE
Regredir a uma vida passada pode ser curativo. Mesmo que a memória não seja real, mas, sim, uma projecção da imaginação. A terapia regressiva procura no passado respostas para problemas do presente.
Não se trata uma prática esotérica nem tem como pressuposto a crença numa crença espiritual. É uma técnica terapêutica que deve ser usada apenas por profissionais qualificados.
A hipótese é fascinante: Será que já tivemos várias vidas? Em caso afirmativo, será possível lembramo-nos do que fomos e vivemos? E que utilidade pode ter? Há mais de 20 anos, um respeitado psiquiatra americano, Brian Weiss, ousou afirmar a tese de que temos muitas vidas e que é possível aceder a essas memórias. Mais: é possível resolver graves problemas psicológicos regredindo no tempo até à sua origem, que tanto pode ser nesta como noutras vidas.
A controvérsia estava lançada fora dos círculos religiosos e esotéricos. Na comunidade científica, o assunto deixou de ser tabu e a terapia regressiva é usada, em todo o Mundo, por profissionais credíveis. Tal não significa, porém, que haja provas científicas da existência de vidas passadas. O que existe, garantem vários especialistas, é provas da eficácia terapêutica desta técnica.
"Há evidências que apontam no sentido de existirem vidas passadas, mas o terapeuta não tem de fazer qualquer classificação. O que é importante é buscar um sentido àquilo que o inconsciente do paciente foi buscar, porque, se o inconsciente seleccionou uma memória ou imagem e não outra, isso tem significado ", explica Mário Simões, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa e percursor da Terapia pela Restruturação Vivencial Cognitiva em Portugal.
"É difícil saber se são memórias verdadeiras ou projecções da imaginação. O nosso cérebro não há indicações, mesmo analisando electroencefalogramas, que permitam distinguir a realidade da fantasia. Em termos terapêuticos, essa distinção não é relevante", acrescenta Vítor Rodrigues, psicoterapeuta e presidente da Associação Transpessoal Europeia.
As sessões de terapia regressiva, com recurso a técnicas hipnóticas ou de relaxamento, permitem ao paciente entrar num estado alterado de consciência que facilita a recordação de memórias inconscientes. Não é obrigatório que sejam de vidas passadas. Podem ser da infância ou de qualquer momento da vida do paciente. O que se pretende é ir à origem do problema e relacionar o que surge com o presente. Dar esse sentido é perceber o "para quê?" dos acontecimentos da vida e atribuir um novo significado, sublinha Mário Simões.
Esta abordagem, segundo os dois especialistas, deve ser feita por profissionais com formação adequada e nunca por curiosos, curandeiros ou praticantes de ofícios esotéricos. "Hipnotizar é fácil. Tratar as memórias que surjam de forma a ajudar o paciente é que é mais difícil. Se o processo não for bem conduzido, pode ser perigoso", alerta o psiquiatra.
Aplicações terapeuticas
Fobias
Caracterizadas por serem um medo intenso, irracional e disfuncional, as fobias são pertubações tratáveis através de terapia regressiva. Busca-se a origem no passado e desprograma-se a fobia.
Ansiedades e depressões
Problemas de stress, tensão e depressão, principalmente quando a origem permanece desconhecida, podem melhorar através desta terapia.
Dores crónicas
Um estudo realizado pela equipa de Mário Simões demonstrou que 30% de pacientes com dores crónicas ficaram completamente bem e os outros 30% tiveram melhorias significativas com esta técnica. De uma maneira, geral, doenças psicossomáticas, em que a causa é psicológica, são passíveis desta abordagem.
Cristo Rei de Almada foi construído há 50 anos
00h30m
R.O., RUIOSORIO@TUGAMAIL.PT
O monumento a Cristo Rei, em Almada, completará 50 anos em 17 de Maio próximo, mas os bispos portugueses já publicaram, em 16 do corrente, uma nota pastoral sobre esse cinquentenário. A construção do Cristo Rei foi uma "acto de desagravo" pelo facto de Portugal ter escapado à guerra e resistido ao "crescimento do desprezo por Deus". Para concretizar a iniciativa, foi importante a Acção Católica Portuguesa, que sonhava com o "reinado social de Cristo", e o Apostolado da Oração. Na época, os católicos tinham esta convicção: "se a sociedade obedecesse à lei de Cristo, em vez de esquecer Deus, haveria uma ordem social que respeitaria a liberdade, a acção e a organização da Igreja; dar-se-ia primado ao espiritual, o que conduziria a um humanismo integral". Ainda hoje, Cristo Rei pode levar os cristãos à transformação da sociedade, no "respeito pela laicidade positiva" e com a "acção corajosa e eficaz ao serviço do Reino de paz e de justiça". Cristãos que apostem no "anúncio e na denúncia de injustiças" e na "resposta pronta e concreta às situações". Contemplar Cristo de braços abertos é lutar com Ele para "libertar a sociedade do nosso tempo da escravidão e da injustiça, ser defensores da vida em todas as circunstâncias, ser capazes do perdão, estar atentos à salvaguarda da criação, ser construtores da paz e arautos da esperança".
R.O., RUIOSORIO@TUGAMAIL.PT
O monumento a Cristo Rei, em Almada, completará 50 anos em 17 de Maio próximo, mas os bispos portugueses já publicaram, em 16 do corrente, uma nota pastoral sobre esse cinquentenário. A construção do Cristo Rei foi uma "acto de desagravo" pelo facto de Portugal ter escapado à guerra e resistido ao "crescimento do desprezo por Deus". Para concretizar a iniciativa, foi importante a Acção Católica Portuguesa, que sonhava com o "reinado social de Cristo", e o Apostolado da Oração. Na época, os católicos tinham esta convicção: "se a sociedade obedecesse à lei de Cristo, em vez de esquecer Deus, haveria uma ordem social que respeitaria a liberdade, a acção e a organização da Igreja; dar-se-ia primado ao espiritual, o que conduziria a um humanismo integral". Ainda hoje, Cristo Rei pode levar os cristãos à transformação da sociedade, no "respeito pela laicidade positiva" e com a "acção corajosa e eficaz ao serviço do Reino de paz e de justiça". Cristãos que apostem no "anúncio e na denúncia de injustiças" e na "resposta pronta e concreta às situações". Contemplar Cristo de braços abertos é lutar com Ele para "libertar a sociedade do nosso tempo da escravidão e da injustiça, ser defensores da vida em todas as circunstâncias, ser capazes do perdão, estar atentos à salvaguarda da criação, ser construtores da paz e arautos da esperança".
Falsidade histórica dos tradicionalistas
O cismático arcebispo Marcel Lefebvre assinou os documentos do Concílio Vaticano II, que, mais tarde, contestaria abertamente até ser excomungado
00h30m
Rui Osório
Qualquer jornalista sénior tem memória viva do reboliço causado pelo tradicionalista arcebispo francês D. Marcel Lefebvre, com a sua contestação aberta às orientações teológicas e pastorais do Concílio Vaticano II (1962-1965).
O arcebispo Marcel Lefebvre, excomungado em 1988 por ordenar quatro bispos sem licença da Santa Sé, afinal assinou todos os documentos do Concílio Vaticano II, que, mais tarde, criticaria asperamente.
A revista italiana "Panorama" publicou a reportagem "No coração secreto do Vaticano", assinada pelo jornalista Ignazio Ingrao, que "desmascara a falsidade histórica dos tradicionalistas", presididos actualmente pelo bispo cismático Bernard Fellay, que, há meses, rejeitou as condições propostas pela Santa Sé para que os tradicionalistas, discípulos de Lefebvre, voltassem à comunhão com a Igreja Católica.
O historiador Piero Doria, que acompanhou Ignazio Ingrao na reportagem sobre o arquivo secreto do Vaticano, confirma que Marcel Lefebvre assinou todos os documentos do Vaticano II. Historiadores e especialistas já conheciam a informação, mas o grande público desconhecia essa incongruência. Os tradicionalistas faziam propaganda de que o seu "mestre" sempre se opôs aos documentos conciliares, embora os textos originais os desmintam.
Recordemos que Marcel Lefebvre (1905-1991) foi excomungado em 1988, depois de ter ordenado quatro bispos à revelia da Santa Sé. Segundo a sua biografia oficial, opôs-se aos ventos de renovação do Vaticano II. Fundou, durante a realização do Concílio, o "Caetus Internationalis Patrum" para defesa da ortodoxia, tal como a entendia e que o Vaticano II, como dizia, estaria a pôr em questão com uma alegada "nova teologia". Não admira que tenha classificado de "destrutivas" as reformas conciliares e pós-conciliares.
Em 1968, fundaria, na Suiça, a "Fraternidade S. Pio X" e, um ano depois, o seminário internacional de Econe, também na Suiça.
Em 1976, foi suspenso "a divinis" por ter presidido a ordenações sacerdotais irregulares. Apesar das admoestações dos papas Paulo VI e João Paulo II, continuaria a presidir a ordenações, inclusive de quatro bispos. Em 30 de Junho de 1988, ordenou esses bispos e a Congregação para os Bispos publicou o decreto oficial da sua excomunhão e dos quatro bispos. Foi a ruptura máxima com a Santa Sé.
00h30m
Rui Osório
Qualquer jornalista sénior tem memória viva do reboliço causado pelo tradicionalista arcebispo francês D. Marcel Lefebvre, com a sua contestação aberta às orientações teológicas e pastorais do Concílio Vaticano II (1962-1965).
O arcebispo Marcel Lefebvre, excomungado em 1988 por ordenar quatro bispos sem licença da Santa Sé, afinal assinou todos os documentos do Concílio Vaticano II, que, mais tarde, criticaria asperamente.
A revista italiana "Panorama" publicou a reportagem "No coração secreto do Vaticano", assinada pelo jornalista Ignazio Ingrao, que "desmascara a falsidade histórica dos tradicionalistas", presididos actualmente pelo bispo cismático Bernard Fellay, que, há meses, rejeitou as condições propostas pela Santa Sé para que os tradicionalistas, discípulos de Lefebvre, voltassem à comunhão com a Igreja Católica.
O historiador Piero Doria, que acompanhou Ignazio Ingrao na reportagem sobre o arquivo secreto do Vaticano, confirma que Marcel Lefebvre assinou todos os documentos do Vaticano II. Historiadores e especialistas já conheciam a informação, mas o grande público desconhecia essa incongruência. Os tradicionalistas faziam propaganda de que o seu "mestre" sempre se opôs aos documentos conciliares, embora os textos originais os desmintam.
Recordemos que Marcel Lefebvre (1905-1991) foi excomungado em 1988, depois de ter ordenado quatro bispos à revelia da Santa Sé. Segundo a sua biografia oficial, opôs-se aos ventos de renovação do Vaticano II. Fundou, durante a realização do Concílio, o "Caetus Internationalis Patrum" para defesa da ortodoxia, tal como a entendia e que o Vaticano II, como dizia, estaria a pôr em questão com uma alegada "nova teologia". Não admira que tenha classificado de "destrutivas" as reformas conciliares e pós-conciliares.
Em 1968, fundaria, na Suiça, a "Fraternidade S. Pio X" e, um ano depois, o seminário internacional de Econe, também na Suiça.
Em 1976, foi suspenso "a divinis" por ter presidido a ordenações sacerdotais irregulares. Apesar das admoestações dos papas Paulo VI e João Paulo II, continuaria a presidir a ordenações, inclusive de quatro bispos. Em 30 de Junho de 1988, ordenou esses bispos e a Congregação para os Bispos publicou o decreto oficial da sua excomunhão e dos quatro bispos. Foi a ruptura máxima com a Santa Sé.
Prémio Pedro e Inês para Teolinda Gersão
AMÉRICO SARMENTO
A autora de "A mulher que prendeu a chuva" foi, ontem, distinguida com a segunda edição do Prémio Literário da Fundação Inês de Castro, sedeada em Coimbra. Um prémio de valor "afectivo", considerou Teolinda Gersão, natural da urbe estudantil.
Criada em 2005 e sedeada na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, a Fundação Inês de Castro tem desenvolvido trabalho cultural à volta da temática inesiana ou da investigação histórica. E, pelo segundo ano consecutivo, a Fundação atribuiu o seu Prémio Literário, que premeia obras literárias sobre motivos do mito inesiano ou outros temas da representação histórico-cultural portuguesa.
No ano transacto, o vencedor do galardão, no valor de 5 mil euros, foi o poeta Pedro Tamen, numa edição em que foi também homenageado o escritor Urbano Tavares Rodrigues. Ontem, foi divulgado o novo premiado, a escritora Teolinda Gersão, autora de "A mulher que prendeu a chuva". Por seu lado, o advogado António Osório foi homenageado pelo conjunto da sua obra poética.
Ao JN, Teolinda Osório realçou o "valor afectivo" deste prémio de uma instituição de Coimbra, a sua cidade-natal e onde se licenciou e se doutorou na Faculdade de Letras.
"Estes prémios são sempre bons para atrair mais leitores para o livro", pois "nós escrevemos os livros para que as pessoas os possam ler", comentou a autora.
"Neste caso, este prémio tem um significado especial, pois sou de Coimbra e formei-me aqui. A Quinta das Lágrimas, que visitei quando era jovem, sempre exerceu um fascínio especial em mim", comentou Teolinda Gersão, realçando que a história dos amores trágicos de D. Pedro e D. Inês de Castro "são o maior mito português no Mundo".
Com este galardão, espera que a sua obra - também já distinguida com outros prémios literários - possa ser lida por mais gente. "Os livros são obras de arte e não apenas objectos, como tantos outros, que se comercializam", destacou a vencedora do prémio da Fundação Pedro e Inês.
A autora de "A mulher que prendeu a chuva" foi, ontem, distinguida com a segunda edição do Prémio Literário da Fundação Inês de Castro, sedeada em Coimbra. Um prémio de valor "afectivo", considerou Teolinda Gersão, natural da urbe estudantil.
Criada em 2005 e sedeada na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, a Fundação Inês de Castro tem desenvolvido trabalho cultural à volta da temática inesiana ou da investigação histórica. E, pelo segundo ano consecutivo, a Fundação atribuiu o seu Prémio Literário, que premeia obras literárias sobre motivos do mito inesiano ou outros temas da representação histórico-cultural portuguesa.
No ano transacto, o vencedor do galardão, no valor de 5 mil euros, foi o poeta Pedro Tamen, numa edição em que foi também homenageado o escritor Urbano Tavares Rodrigues. Ontem, foi divulgado o novo premiado, a escritora Teolinda Gersão, autora de "A mulher que prendeu a chuva". Por seu lado, o advogado António Osório foi homenageado pelo conjunto da sua obra poética.
Ao JN, Teolinda Osório realçou o "valor afectivo" deste prémio de uma instituição de Coimbra, a sua cidade-natal e onde se licenciou e se doutorou na Faculdade de Letras.
"Estes prémios são sempre bons para atrair mais leitores para o livro", pois "nós escrevemos os livros para que as pessoas os possam ler", comentou a autora.
"Neste caso, este prémio tem um significado especial, pois sou de Coimbra e formei-me aqui. A Quinta das Lágrimas, que visitei quando era jovem, sempre exerceu um fascínio especial em mim", comentou Teolinda Gersão, realçando que a história dos amores trágicos de D. Pedro e D. Inês de Castro "são o maior mito português no Mundo".
Com este galardão, espera que a sua obra - também já distinguida com outros prémios literários - possa ser lida por mais gente. "Os livros são obras de arte e não apenas objectos, como tantos outros, que se comercializam", destacou a vencedora do prémio da Fundação Pedro e Inês.
Nadir Afonso defende a sua teoria da arte
O artista Nadir Afonso espera que a Fundação que a Câmara de Chaves vai construir em sua homenagem consiga o que ele não conseguiu "toda a vida": impor a sua teoria da arte. "Nunca ligaram", disse, na apresentação do projecto, de Siza Vieira.
"Ok, Álvaro [Siza Vieira]. Só falta contar a história da fundação. Se me dão licença...", foi assim que, anteontem, à noite, Nadir Afonso, "cansado por não andar a dormir nada", antecipou o seu discurso na apresentação pública do projecto de arquitectura da fundação, que, pelas contas da autarquia, deverá ser inaugurada em 2010.
Neste momento, a Câmara Municipal de Chaves aguarda decisão em termos de financiamento. Detentor da palavra, Nadir Afonso começou a contar a sua própria história. "Dizem que já pintava aos quatro anos. Bem, mas não me posso responsabilizar por isto porque não me lembro", disse.
Foi apenas a primeira explosão de gargalhadas e de palmas da plateia. O público voltou ao rubro, quando Nadir Afonso posou para um fotógrafo, que se contorcia para obter o melhor plano.
"Tenho que fazer um esforço para ser sério", justificava Nadir Afonso, depois de ter voltado a pôr toda a gente a rir ao explicar porque lhe custava discursar sentado: "Posso morrer e ao menos que morra de pé".
Mas há um momento em Nadir Afonso fala muito a sério. Quando fala sobre o que lhe levou "toda a vida" a descobrir: que a essência da obra de arte está na sua "dimensão matemática e geométrica".
O pintor espera, por isso, que a fundação que levará o seu nome seja um espaço que acolha seguidores da teoria a que "99 por cento das pessoas nunca ligou".
"Ok, Álvaro [Siza Vieira]. Só falta contar a história da fundação. Se me dão licença...", foi assim que, anteontem, à noite, Nadir Afonso, "cansado por não andar a dormir nada", antecipou o seu discurso na apresentação pública do projecto de arquitectura da fundação, que, pelas contas da autarquia, deverá ser inaugurada em 2010.
Neste momento, a Câmara Municipal de Chaves aguarda decisão em termos de financiamento. Detentor da palavra, Nadir Afonso começou a contar a sua própria história. "Dizem que já pintava aos quatro anos. Bem, mas não me posso responsabilizar por isto porque não me lembro", disse.
Foi apenas a primeira explosão de gargalhadas e de palmas da plateia. O público voltou ao rubro, quando Nadir Afonso posou para um fotógrafo, que se contorcia para obter o melhor plano.
"Tenho que fazer um esforço para ser sério", justificava Nadir Afonso, depois de ter voltado a pôr toda a gente a rir ao explicar porque lhe custava discursar sentado: "Posso morrer e ao menos que morra de pé".
Mas há um momento em Nadir Afonso fala muito a sério. Quando fala sobre o que lhe levou "toda a vida" a descobrir: que a essência da obra de arte está na sua "dimensão matemática e geométrica".
O pintor espera, por isso, que a fundação que levará o seu nome seja um espaço que acolha seguidores da teoria a que "99 por cento das pessoas nunca ligou".
Literatura: Vencedora do prémio Inês de Castro afirma que Justiça portuguesa "não serve"
Coimbra, 17 Jan (Lusa) -- A escritora Teolinda Gersão, vencedora do prémio Literário da Fundação Inês de Castro (FIC) 2008, afirmou hoje que, em Portugal, a Justiça enquanto instituição "não serve" e defendeu "o mais urgentemente possível" um amplo debate nacional.
Teolinda Gersão discursava na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, na cerimónia de entrega do prémio que lhe foi atribuído pela autoria do livro de contos "A mulher que prendeu a chuva", onde a Justiça é alvo de crítica social, perante uma assistência onde se encontrava o Bastonário da Ordem dos Advogados.
"A justiça não pertence a ninguém, pertence a todos, e como está é uma espada de cortiça que, na melhor das hipóteses, atinge a carriça, e foi isso que eu tentei dizer num conto do livro que se chama História Antiga", afirmou a autora.
A obra, que reúne 14 contos, integra ainda críticas sociais aos novos métodos do sistema de ensino e a "coisas banais do quotidiano", tendo já sido distinguida com o Prémio Máxima de Literatura 2008.
Natural de Coimbra, Teolinda Gersão é autora de vários livros de ficção, traduzidos em oito línguas, tendo sido galardoada com vários prémios.
Com o valor de 5.000 euros, o Prémio Literário visa distinguir uma obra sobre a temática do mito inesiano, podendo abarcar "temas tão abrangentes como a paixão, a vingança, a tragédia, a razão de Estado ou outros aspectos da representação histórico-cultural portuguesa".
Na mesma cerimónia foi galardoado com o Tributo de Consagração 2008 o poeta António Osório, pela sua obra no todo, "que o tornou um dos nomes incontornáveis da literatura portuguesa contemporânea", refere uma nota da FIC.
Licenciado em Direito, António Osório foi Bastonário da Ordem dos Advogados e iniciou a sua actividade poética em 1972, com a publicação de "A Raiz Afectuosa".
Com livros publicados no Brasil, Espanha, França, Itália e Bélgica, é autor de obras como "Décima Aurora" (1982), "Adão, Eva e o Mais" (1984), a "Casa das Sementes" (2006) e "Vozes Íntimas" (2008).
Na sua intervenção, António Osório lamentou que "a crítica literária seja hoje uma coisa que está quase em vias de extinção" e apelou à defesa da poesia.
"Nós poetas temos que defender a poesia, temos de a servir e impedir que ela seja trucidada", sublinhou o antigo bastonário da Ordem dos Advogados, criticando alguns meios de comunicação social por diminuírem os espaços dedicados à poesia.
A primeira edição do Prémio, em 2007, foi atribuída a Pedro Tamen, pela obra "Analogia dos Dedos", tendo Urbano Tavares Rodrigues recebido o Tributo de Consagração.
Do júri fazem parte Aníbal Pinto de Castro, os escritores Mário Cláudio e Fernando Guimarães e os professores José Carlos Seabra Pereira e Frederico Lourenço.
AMV/AMS.
Lusa/Fim
Cinema: Ciclo de debates sobre "A Valsa com Bashir" aborda conflito no Médio Oriente
2009-01-14
Lisboa, 14 Jan (Lusa) - O filme "A Valsa com Bashir", de Ari Folman, será o ponto de partida para um ciclo debates, no cinema King, em Lisboa, em torno do cinema de animação e do conflito no Médio Oriente.
Os debates realizam-se nos dias 16, 23 e 30 de Janeiro e são organizados pela distribuidora Atalanta Filmes e pela edição portuguesa do jornal Le Monde diplomatique.
O tema deste filme de animação é um episódio, recordado por um soldado israelita, passado em 1982 na guerra do Líbano - os massacres de Sabra e Chatila.
"No contexto da actual guerra em Gaza, o filme adquire uma actualidade que exige e ao mesmo tempo excede a compreensão do contexto histórico a que se refere, permitindo um conjunto de reflexões, paralelismos e perspectivas de futuro para um conflito cuja resolução continua a ser tragicamente adiada", refere um texto da organização.
Os debates vão incidir sobre a contextualização histórica do conflito, a guerra e o stress pós-traumático, o trabalho de memória e os usos do cinema de animação, entre ficção e documentário.
O primeiro debate, na próxima sexta-feira, intitula-se "A primeira guerra do Líbano: Israel e os massacres de Sabra e Chatila" e vai reunir António Eloy, da Amnistia Internacional e os jornalistas José Goulão e Lumena Raposo.
Na sexta-feira seguinte, dia 23, o psiquiatra Afonso Albuquerque e o historiador António Louçã participam na discussão sobre "O trabalho de memória e os traumatismos do pós-guerra".
A realizadora Regina Pessoa, autora do premiado filme de animação "História Trágica com Final Feliz", participa no último debate, subordinado ao tema "A utilização do cinema de animação".
"A Valsa com Bashir" recebeu esta semana um Globo de Ouro e é candidato à nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro, tendo recebido em Novembro o prémio de melhor filme estrangeiro nos British Independent Film Awards.
EO.
Lusa/fim
Lisboa, 14 Jan (Lusa) - O filme "A Valsa com Bashir", de Ari Folman, será o ponto de partida para um ciclo debates, no cinema King, em Lisboa, em torno do cinema de animação e do conflito no Médio Oriente.
Os debates realizam-se nos dias 16, 23 e 30 de Janeiro e são organizados pela distribuidora Atalanta Filmes e pela edição portuguesa do jornal Le Monde diplomatique.
O tema deste filme de animação é um episódio, recordado por um soldado israelita, passado em 1982 na guerra do Líbano - os massacres de Sabra e Chatila.
"No contexto da actual guerra em Gaza, o filme adquire uma actualidade que exige e ao mesmo tempo excede a compreensão do contexto histórico a que se refere, permitindo um conjunto de reflexões, paralelismos e perspectivas de futuro para um conflito cuja resolução continua a ser tragicamente adiada", refere um texto da organização.
Os debates vão incidir sobre a contextualização histórica do conflito, a guerra e o stress pós-traumático, o trabalho de memória e os usos do cinema de animação, entre ficção e documentário.
O primeiro debate, na próxima sexta-feira, intitula-se "A primeira guerra do Líbano: Israel e os massacres de Sabra e Chatila" e vai reunir António Eloy, da Amnistia Internacional e os jornalistas José Goulão e Lumena Raposo.
Na sexta-feira seguinte, dia 23, o psiquiatra Afonso Albuquerque e o historiador António Louçã participam na discussão sobre "O trabalho de memória e os traumatismos do pós-guerra".
A realizadora Regina Pessoa, autora do premiado filme de animação "História Trágica com Final Feliz", participa no último debate, subordinado ao tema "A utilização do cinema de animação".
"A Valsa com Bashir" recebeu esta semana um Globo de Ouro e é candidato à nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro, tendo recebido em Novembro o prémio de melhor filme estrangeiro nos British Independent Film Awards.
EO.
Lusa/fim
Águas de Março actuais
Se o Tom Jobim usasse o Windows, cantaria assim...
É pau
É vírus
É o fim do programa
É um erro fatal.
O começo do drama.
É o turbo Pascal
Diz que falta um login
Não me mostra onde é
E já trava no fim.
É dois, é três, é um 486
É comando ilegal
Essa merda bloqueia
É um erro e trava
É um disco mordido
HD estragado
Ai meu Deus tô fudido
São as barras de espaço
Exibindo um borrão
É a promessa de vídeo
Escondendo um Trojan
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário
.É ping, é pong
O meu micro me chuta
O scan não retira
O vírus filho DA puta.
O Windows não entra
E nem Volta pro DOS
Não funciona o reset
Me detona a voz
É abort, é retray
Disco mal formatado
PC Tools não resolve
Norton trava o teclado
É impressora sem tinta
Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pro céu
Exposição "Lá Fora" é inaugurada no Museu da Electricidade
A exposição "Lá Fora" é inaugurada, hoje, no Museu da Electricidade. Esta é uma exposição que junta duas centenas de artistas plásticos portugueses, em Lisboa, que têm, em comum, o facto de serem portugueses emigrados no estrangeiro e, por isso, está lá Paula Rêgo, mas também artistas da nova geração.
O comissário da exposição, João Pinharanda, o homem por detrás de duas exposições, uma no Museu da Electridade, a partir de hoje, e uutra no Museu de ELvas, a partir de amanhã, conta como foi reunir tanta arte emigrada na mesma sala.
O comissário da exposição, João Pinharanda, o homem por detrás de duas exposições, uma no Museu da Electridade, a partir de hoje, e uutra no Museu de ELvas, a partir de amanhã, conta como foi reunir tanta arte emigrada na mesma sala.
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