Terapia regressiva procura no passado - nesta ou em vidas anteriores- respostas para o presente
01h15m
HELENA NORTE
Regredir a uma vida passada pode ser curativo. Mesmo que a memória não seja real, mas, sim, uma projecção da imaginação. A terapia regressiva procura no passado respostas para problemas do presente.
Não se trata uma prática esotérica nem tem como pressuposto a crença numa crença espiritual. É uma técnica terapêutica que deve ser usada apenas por profissionais qualificados.
A hipótese é fascinante: Será que já tivemos várias vidas? Em caso afirmativo, será possível lembramo-nos do que fomos e vivemos? E que utilidade pode ter? Há mais de 20 anos, um respeitado psiquiatra americano, Brian Weiss, ousou afirmar a tese de que temos muitas vidas e que é possível aceder a essas memórias. Mais: é possível resolver graves problemas psicológicos regredindo no tempo até à sua origem, que tanto pode ser nesta como noutras vidas.
A controvérsia estava lançada fora dos círculos religiosos e esotéricos. Na comunidade científica, o assunto deixou de ser tabu e a terapia regressiva é usada, em todo o Mundo, por profissionais credíveis. Tal não significa, porém, que haja provas científicas da existência de vidas passadas. O que existe, garantem vários especialistas, é provas da eficácia terapêutica desta técnica.
"Há evidências que apontam no sentido de existirem vidas passadas, mas o terapeuta não tem de fazer qualquer classificação. O que é importante é buscar um sentido àquilo que o inconsciente do paciente foi buscar, porque, se o inconsciente seleccionou uma memória ou imagem e não outra, isso tem significado ", explica Mário Simões, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa e percursor da Terapia pela Restruturação Vivencial Cognitiva em Portugal.
"É difícil saber se são memórias verdadeiras ou projecções da imaginação. O nosso cérebro não há indicações, mesmo analisando electroencefalogramas, que permitam distinguir a realidade da fantasia. Em termos terapêuticos, essa distinção não é relevante", acrescenta Vítor Rodrigues, psicoterapeuta e presidente da Associação Transpessoal Europeia.
As sessões de terapia regressiva, com recurso a técnicas hipnóticas ou de relaxamento, permitem ao paciente entrar num estado alterado de consciência que facilita a recordação de memórias inconscientes. Não é obrigatório que sejam de vidas passadas. Podem ser da infância ou de qualquer momento da vida do paciente. O que se pretende é ir à origem do problema e relacionar o que surge com o presente. Dar esse sentido é perceber o "para quê?" dos acontecimentos da vida e atribuir um novo significado, sublinha Mário Simões.
Esta abordagem, segundo os dois especialistas, deve ser feita por profissionais com formação adequada e nunca por curiosos, curandeiros ou praticantes de ofícios esotéricos. "Hipnotizar é fácil. Tratar as memórias que surjam de forma a ajudar o paciente é que é mais difícil. Se o processo não for bem conduzido, pode ser perigoso", alerta o psiquiatra.
Aplicações terapeuticas
Fobias
Caracterizadas por serem um medo intenso, irracional e disfuncional, as fobias são pertubações tratáveis através de terapia regressiva. Busca-se a origem no passado e desprograma-se a fobia.
Ansiedades e depressões
Problemas de stress, tensão e depressão, principalmente quando a origem permanece desconhecida, podem melhorar através desta terapia.
Dores crónicas
Um estudo realizado pela equipa de Mário Simões demonstrou que 30% de pacientes com dores crónicas ficaram completamente bem e os outros 30% tiveram melhorias significativas com esta técnica. De uma maneira, geral, doenças psicossomáticas, em que a causa é psicológica, são passíveis desta abordagem.
01h15m
HELENA NORTE
Regredir a uma vida passada pode ser curativo. Mesmo que a memória não seja real, mas, sim, uma projecção da imaginação. A terapia regressiva procura no passado respostas para problemas do presente.
Não se trata uma prática esotérica nem tem como pressuposto a crença numa crença espiritual. É uma técnica terapêutica que deve ser usada apenas por profissionais qualificados.
A hipótese é fascinante: Será que já tivemos várias vidas? Em caso afirmativo, será possível lembramo-nos do que fomos e vivemos? E que utilidade pode ter? Há mais de 20 anos, um respeitado psiquiatra americano, Brian Weiss, ousou afirmar a tese de que temos muitas vidas e que é possível aceder a essas memórias. Mais: é possível resolver graves problemas psicológicos regredindo no tempo até à sua origem, que tanto pode ser nesta como noutras vidas.
A controvérsia estava lançada fora dos círculos religiosos e esotéricos. Na comunidade científica, o assunto deixou de ser tabu e a terapia regressiva é usada, em todo o Mundo, por profissionais credíveis. Tal não significa, porém, que haja provas científicas da existência de vidas passadas. O que existe, garantem vários especialistas, é provas da eficácia terapêutica desta técnica.
"Há evidências que apontam no sentido de existirem vidas passadas, mas o terapeuta não tem de fazer qualquer classificação. O que é importante é buscar um sentido àquilo que o inconsciente do paciente foi buscar, porque, se o inconsciente seleccionou uma memória ou imagem e não outra, isso tem significado ", explica Mário Simões, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa e percursor da Terapia pela Restruturação Vivencial Cognitiva em Portugal.
"É difícil saber se são memórias verdadeiras ou projecções da imaginação. O nosso cérebro não há indicações, mesmo analisando electroencefalogramas, que permitam distinguir a realidade da fantasia. Em termos terapêuticos, essa distinção não é relevante", acrescenta Vítor Rodrigues, psicoterapeuta e presidente da Associação Transpessoal Europeia.
As sessões de terapia regressiva, com recurso a técnicas hipnóticas ou de relaxamento, permitem ao paciente entrar num estado alterado de consciência que facilita a recordação de memórias inconscientes. Não é obrigatório que sejam de vidas passadas. Podem ser da infância ou de qualquer momento da vida do paciente. O que se pretende é ir à origem do problema e relacionar o que surge com o presente. Dar esse sentido é perceber o "para quê?" dos acontecimentos da vida e atribuir um novo significado, sublinha Mário Simões.
Esta abordagem, segundo os dois especialistas, deve ser feita por profissionais com formação adequada e nunca por curiosos, curandeiros ou praticantes de ofícios esotéricos. "Hipnotizar é fácil. Tratar as memórias que surjam de forma a ajudar o paciente é que é mais difícil. Se o processo não for bem conduzido, pode ser perigoso", alerta o psiquiatra.
Aplicações terapeuticas
Fobias
Caracterizadas por serem um medo intenso, irracional e disfuncional, as fobias são pertubações tratáveis através de terapia regressiva. Busca-se a origem no passado e desprograma-se a fobia.
Ansiedades e depressões
Problemas de stress, tensão e depressão, principalmente quando a origem permanece desconhecida, podem melhorar através desta terapia.
Dores crónicas
Um estudo realizado pela equipa de Mário Simões demonstrou que 30% de pacientes com dores crónicas ficaram completamente bem e os outros 30% tiveram melhorias significativas com esta técnica. De uma maneira, geral, doenças psicossomáticas, em que a causa é psicológica, são passíveis desta abordagem.
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