O Instituto Camões assinala quinta-feira 80 anos da criação da Junta de Educação Nacional, instituição que esteve na sua origem, com uma cerimónia em que será apresentado um estudo sobre o valor económico do Português
O estudo foi encomendado em Setembro de 2007 pelo Instituto Camões (IC) ao Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa (ISCTE) e, em Novembro passado, José Paulo Esperança, da equipa de investigação, anunciou que a língua portuguesa representa 17 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) de Portugal.Na cerimónia, que terá início com uma intervenção da presidente do IC, Simonetta Luz Afonso, será apresentado um outro estudo, efectuado por uma equipa de investigadores do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa dirigida por Fernanda Rollo, intitulado ‘Da Junta de Educação Nacional ao Instituto Camões’.A Junta de Educação Nacional foi criada por decreto a 16 de Janeiro de 1929, no âmbito do Ministério da Instrução Pública, com as funções de «fundar, melhorar ou subsidiar instituições destinadas a trabalhos de investigação e propaganda científica, organizar e fiscalizar um serviço de bolsas de estudo, promover o intercâmbio cultural e a expansão da cultura portuguesa».Em 1936, a Junta foi transformada em Instituto para a Alta Cultura, que, em 1952, passou a Instituto de Alta Cultura, que viria a ser extinto depois do 25 de Abril, dando origem ao Instituto de Cultura Portuguesa em 1976.Em 1981, sucedeu-lhe o Instituto de Cultura e Língua Portuguesa que só em 1992 passou a ter a actual designação de Instituto Camões, um organismo que tem como missão a divulgação da cultura e da língua portuguesa no estrangeiro.Na cerimónia de quinta-feira, serão ainda assinados vários protocolos relativos à participação de diversas instituições no acervo bibliográfico sobre Língua e Cultura Portuguesa da Biblioteca Digital Camões.A cooperação abrange a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, a Porto Editora, o Instituto de Investigação Científica e Tropical e a associação Miso Music Portugal.Serão também assinados protocolos sobre a criação de novos cursos a distância do Centro Virtual Camões, incluindo um curso de divulgação da História da I República, a propósito dos 100 anos da implantação da República. Com a Universidade Aberta, serão assinados protocolos sobre o curso ‘Cultura Portuguesa Contemporânea’, dirigido a alunos de pós-graduação e coordenado por Isabel Carlos, que a partir de Abril será a nova directora do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, e sobre a utilização da rede do IC no mundo para a realização de exames presenciais de alunos da universidade.Na sede do IC, ficará patente durante alguns dias uma exposição sobre a história deste e das instituições que o antecederam, com documentação do arquivo do Instituto.A actual presidente do IC, Simonetta Luz Afonso, no cargo desde Maio de 2004, anunciou em finais de Agosto que passaria à reforma a partir de Setembro.Acabou, no entanto por ser reconduzida, mantendo-se em funções «até que haja uma nova direcção», disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, no Parlamento, em Novembro.
Lusa / SOL
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