domingo, 18 de janeiro de 2009

Prémio Pedro e Inês para Teolinda Gersão

AMÉRICO SARMENTO
A autora de "A mulher que prendeu a chuva" foi, ontem, distinguida com a segunda edição do Prémio Literário da Fundação Inês de Castro, sedeada em Coimbra. Um prémio de valor "afectivo", considerou Teolinda Gersão, natural da urbe estudantil.
Criada em 2005 e sedeada na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, a Fundação Inês de Castro tem desenvolvido trabalho cultural à volta da temática inesiana ou da investigação histórica. E, pelo segundo ano consecutivo, a Fundação atribuiu o seu Prémio Literário, que premeia obras literárias sobre motivos do mito inesiano ou outros temas da representação histórico-cultural portuguesa.
No ano transacto, o vencedor do galardão, no valor de 5 mil euros, foi o poeta Pedro Tamen, numa edição em que foi também homenageado o escritor Urbano Tavares Rodrigues. Ontem, foi divulgado o novo premiado, a escritora Teolinda Gersão, autora de "A mulher que prendeu a chuva". Por seu lado, o advogado António Osório foi homenageado pelo conjunto da sua obra poética.
Ao JN, Teolinda Osório realçou o "valor afectivo" deste prémio de uma instituição de Coimbra, a sua cidade-natal e onde se licenciou e se doutorou na Faculdade de Letras.
"Estes prémios são sempre bons para atrair mais leitores para o livro", pois "nós escrevemos os livros para que as pessoas os possam ler", comentou a autora.
"Neste caso, este prémio tem um significado especial, pois sou de Coimbra e formei-me aqui. A Quinta das Lágrimas, que visitei quando era jovem, sempre exerceu um fascínio especial em mim", comentou Teolinda Gersão, realçando que a história dos amores trágicos de D. Pedro e D. Inês de Castro "são o maior mito português no Mundo".
Com este galardão, espera que a sua obra - também já distinguida com outros prémios literários - possa ser lida por mais gente. "Os livros são obras de arte e não apenas objectos, como tantos outros, que se comercializam", destacou a vencedora do prémio da Fundação Pedro e Inês.

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